Ruralidade no vale do submédio São Francisco: observações a partir da evolução econômica do polo Juazeiro-BA - Petrolina-PE
Palabras clave:
Ruralidade, Relação Campo-Cidade, Vale do Submédio São Francisco, Rio São FranciscoResumen
Por décadas seguidas, o Vale do Submédio São Francisco, no Nordeste brasileiro, tem sido cenário de políticas de desenvolvimento regional. Neste artigo, discute-se a evolução econômica desse território objetivando demonstrar, nesse contexto, o entrelaçamento entre processos “do campo” e “da cidade”, exigindo propostas de intervenção alicerçadas na inseparabilidade desses dois espaços. Inicialmente, o processo histórico de consolidação da economia local fruticultora é sistematizado e problematizado sob referências teóricas diversas. Procura-se com isso explicitar o modo como foram integrados campo e cidade em torno da centralidade urbana do POlo Juazeiro-Petrolina, mediante uma atividade produtiva estritamente relacionada ao mundo rural. Em seguida, fazse uso de dados secundários para tratar do mercado de trabalho e da distribuição espacial da população na localidade. Daí, diversos números dão conta de esclarecer os contornos da relação urbano-rural, na medida em que destacam a agropecuária como carro-chefe do mercado de trabalho local e a concentração nas cidades da população residente. Assim, o aspecto central da ruralidade territorial captado se apresenta na constituição de uma inserção produtiva e ocupacional em sua maior parte via atividades ligadas ao rural, ao mesmo tempo que a cidade se configura como principal espaço de moradia e de organização da vida social.
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