Bien Vivir/Buen Viver/Bem Viver: uma proposta de pós-desenvolvimento nas Epistemologias do Sul

Autores

  • Daniela Dias Kuhn Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Recife, Brasil
  • Ana Monteiro Costa Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, Brasil

Palavras-chave:

Epistemologias do Sul, Pós-Desenvolvimento, Bem Viver, Bien Vivir

Resumo

Apresenta-se a crítica ao desenvolvimento, através do questionamento de seus pilares e interesses, bem como de sua epistemologia, por meio do Bem Viver, como uma proposta de pós-desenvolvimento. Ambos, pós-desenvolvimento e Bem Viver não são correntes homogêneas, mas apresentam aspectos comuns que possibilitam serem tratadas em conjunto, e compõem as Epistemologias do Sul. A intenção é apresentar um texto introdutório dessas propostas e suas conexões visibilizando a contribuição que os invisíveis trazem à sociedade: a resistência que prova que um outro modo de existir, pautado na coletividade e na harmonia com a natureza, não só é possível, como existe. O desenvolvimento não é a solução para as crises atuais, é a causa delas.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Daniela Dias Kuhn, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Recife, Brasil
    Economista. Doutora em Economia. Professora do Departamento de Economia da UFPE.
  • Ana Monteiro Costa, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, Brasil

    Economista. Doutora em Desenvolvimento Rural. Professora Permanente do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Rural (PGDR/UFRGS) e do Departamento de Economia e Relações Internacionais da UFRGS.

Referências

AYMA, E. Vivier Bien no es lo mismo que vivir mejor. 2007. In: Vivir Bien. Diplomacia por la Vida. Mensajes y documentos sobre El Vivir Bien. 1995-2010. Ministerio de Relaciones Exteriores. 2007.

CMMAD – Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. Nosso futuro comum. 2a ed. Tradução de Our common future. 1a ed. 1988. Rio de Janeiro: Editora da Fundação Getulio Vargas, 1991.

GUDYNAS, E. Desarrollo, derechos de la natureza y buen vivir despues de Montecristi. In. WEBER, G. Debates sobre cooperación y modelos de desarrollo. Perspectivas desde la sociedad civil en Ecuador. Centro de Investigaciones CIUDAD y Observatorio de la cooperación al Desarrollo. Quito. 2011. p. 83-102.

GUDYNAS, E. Buen Vivir: germinando alternativas al desarrollo. América Latina em Movimento. Alai, n. 462. p. 1-20. 2011a. Quito.

GUDYNAS, E. Concepciones de la naturaleza y desarrollo en América Latina. Persona y Sociedad. n. 13, v. 1, p. 101-125. Universidad Jesuita Alberto Hurtado. Instituto Latinoamericano de Doutrina y Estudios Sociales Ilades. Santiago de Chile. 1999.

ESCOBAR, A. El desarrollo sostenible: dialogo de discursos. Ecología Política, n. 9, p. 7-25. 1995.

ESCOBAR, A. El “postdesarrollo” como concepto y prática social. In. Mato, D. (Coord.). Políticas de economía, ambiente y sociedad en tiempos de globalización. Caracas: Faculdad de Ciencias Económicas y Sociales. Universidad Central de Venezuela. P. 17-31. 2005.

ESCOBAR, A. O lugar da natureza e a natureza do lugar: globalização ou pós-desenvolvimento? In. A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: Clasco, 2005a.

ESCOBAR, A. La invención del tercer mundo: construcción y descontrucción Del desarrollo. Venezuela. Gobierno Bolivariano de Venezuela. 2007.

ESCOBAR, A. Uma minga para el posdesarrollo. Signo y Pensamiento – Puentos de vista. n. 58, v. XXX, p. 306-312. 2011.

ESTEVA, G. Más allá del desarrollo: la buena vida. América Latina em Movimento, on line. 2009.

MAMANI, F. Buen Vivir/Vivir Bien: filosofia, políticas, estrategias y experiencias regionales andinas. Coordinadora Andina de Organizaciones Indígenas – CAOI. Lima, 2010.

PORTO-GONÇALVES, C. Pela vida, pela dignidade e pelo território: um novo léxico teórico político desde as lutas sociais na América Latina/Abya Yala/Quilombola. Polis, n. 41. 2015.

QUIJANO, A. “Bien vivir”: entre el “desarrollo” y la des/colonialidad del poder. Viento Sur. n. 122. 2012.

QUIJANO, A. Colonialidad del poder, globalización y democracia. Lima. 2000. Disponível em: http://www.rrojasdatabank.info/pfpc/quijan02.pdf.

QUIJANO, A. El fantasma del desarrollo en América Latina. Revista Del Cesta. n. 1. 2000a.

QUISPE, M. Estamos construyendo nuevos paradigmas. Prólogo. In: MAMANI, Fernando Huanacuni. Buen Vivir/Vivir Bien: filosofia, políticas, estrategias y experiencias regionales andinas. Coordinadora Andina de Organizaciones Indígenas – CAOI. Lima, 2010.

RADOMSKY, G. Desenvolvimento, pós-estruturalismo e pós-desenvolvimento: a crítica da modernidade e a emergência de “modernidades” alternativas. Revista Brasileira de Ciências Sociais. v. 26, n. 75. 2011.

RAHNEMA, M. e BAWTREE, V. (Eds.). The post-development reader. Londres: Zed Books, 1997.

SACHS, W. (Ed.) El diccionario del desarrollo. Lima. Proyecto Andino de Tecnologías Campesinas. Pratec, 1992.

SAES, F.; SAES, A. História Econômica Geral. São Paulo: Saraiva, 2013.

SANTOS, B. Para uma sociologia das ausências e uma sociologia das emergências. Revista Crítica de Ciências Sociais. n. 63, 2002. p. 237-280.

SANTOS, B. Subjectividade, cidadania e emancipação. Revista Crítica de Ciências Sociais. n. 32. jun. 1991.

SANTOS, B. Para além do pensamento abissal: das linhas globais a uma ecologia de saberes. Novos estud. CEBRAP n. 79 São Paulo, nov. 2007.

SHIVA, V. Monoculturas da mente. São Paulo: Gaia, 2002.

Downloads

Publicado

06-08-2019

Artigos Semelhantes

11-20 de 213

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.